Análise: Fairy Tail (volume 8)


Autor: Hiro Mashima
Gênero: Ação, Aventura, Comédia, Drama, Fantasia
Perído de Publicação: 2006 - Em andamento
Serialização: Weekly Shonen Magazine (Editora Kodansha) / Editora JBC
Número de volumes: + 32

VOLUME 8 - OS DOIS MATADORES DE DRAGÃO

Sinopse: A batalha da Fairy Tail contra a Phantom Lord continua, e ainda restam dois membros do Element 4 a serem derrotados para impedir que o padrão mágico “Quebra de Abismo” seja lançado sobre a Guilda. Não bastasse isso, Lucy acaba sendo capturada novamente pelo inimigo e chega a vez de Natsu enfrentar Gajeel. Está para começar um duelo entre os matadores de dragões!

ATENÇÃO: Essa matéria contém spoilers (revelações) sobre a história. Se você não leu ainda, por favor não continue! Este blog não se responsabiliza pelas consequências. 


Antes de começar a falar sobre este volume, fiquei apavorado com esse título que um dos capítulos do mangá recebeu, poderiam adotar para a tradução de “os caçadores de dragão” em vez de “matadores” como fizeram inicialmente, mas acabou saindo isso aí, paciência, só resta aos leitores da série se conformar (isso é mais mimimi da minha parte mesmo). Outra coisa que não gostei foi a capa, muito simples e parece que foi feita nas pressas, a do volume anterior era bem mais estilosa.

Anteriormente tínhamos visto o início da luta entre Gray e Juvia, basicamente é uma batalha a longa distância, uns podem gostar outros não, acho que ficou até legal ela virar água quente, algo oposto ao poder do mago da Fairy Tail. E acabou que sendo bem objetiva e rápida, em um capítulo a coisa já estava terminada, o engraçado mesmo é que na tentativa de derrubar a adversária, o Gray acabou golpeando sem querer a Juvia em lugar inesperado (hahaha). São poucas as pessoas que gostam de chuva, até nesse caso a usuária do elemento água não gostava desse tempo, porque acabava afastando as pessoas do seu convívio, mas tudo foi superado após essa luta.


Elfman e Mira encontram Gray para trocar algumas palavras desnecessárias, às vezes o mangá tem disso, diálogos dispensáveis, só por ver a situação já é possível perceber o que está acontecendo, não precisa perguntar ou reafirmar uma coisa que o leitor já sabe, tem hora que isso é chato. Enquanto isso, o Ária dava uma surra no Natsu com suas técnicas de ar, inclusive o protagonista é o Seiya dessa geração: apanha até dizer chega e depois levanta com o dobro dos poderes e humilha o adversário, sei que é só ele comer fogo e está tudo resolvido, mas o Natsu poderia perder de vez em quando para a história não ficar tão manjada. Outra também que tem essa síndrome de Seiya é a Elza, que além de apanhar muito e depois vencer com facilidade superação, é considerada uma das mais fortes da guilda (se brincar ela é mais forte que o mestre). Espero que o Mashima reveja esse ponto...


Depois da Elza derrotar o último Element 4 com um golpe, parar o Abyss Break e salvar parcialmente a guilda, Jose fica doido e não sabe mais o que fazer até aparecer o Gajeel, carregando a Lucy, mostrando ser um cara realmente mau, ele até chutou a moça! Nesse meio tempo, vemos Loke lamentando não ter protegido sua companheira, mesmo que ele não conseguido se aproximar a tempo dela (porque será que ele tem essa “alergia” a Lucy?)


Para deixar a situação caótica novamente, o mestre da Phantom Lord solta seus fantasmas em cima dos magos da Fairy Tail, que já estão completamente esgotados e vai atrás daqueles que ainda estão tentando fazer destruir a sua guilda. Paralelo a toda essa situação, vemos o mestre Makarov acordar depois de alguns capítulos tirando um cochilo desacordado por causa da magia do Ária. Como era de se esperar, Jose derrota Elfman, Mira e Gray com um só golpe, menos a Elza que está recuperada e com mais saúde do que parecia, deixando o mestre mais motivado a mata-lá.


Agora vamos a melhor luta do volume (e do mangá), Natsu e Gajeel, dois dragon slayers que tem o estilo de luta corpo a corpo, nada de ter só golpes de longo alcance, sinto falta de lutas nesse estilo em vários mangás, é mais comum nessa geração ter personagens com poderes de magia ou coisas do tipo para evitar um soco na cara que deixa o cidadão com o rosto distorcido. Parece até um tipo de censura. Para quem já assistiu um Dragon Ball ou Yu Yu Hakusho sabe do que estou falando, o estilo de luta das duas histórias tinha como base as artes marciais, ou seja, golpes físicos são o mínimo necessário para se ter um combate decente, em Fairy Tail mesmo já foi citado que os magos não tem o físico tão preparado assim, dependendo muito dos poderes mágicos. Quero ver no dia que não tiver magia o que eles irão fazer!

Voltando a luta, que ficou muito bem roteirizada, sem aqueles diálogos chatos que comprometem uma sequência de golpes maneiros, mostrando o equilíbrio entre os dois rivais. Enquanto um come fogo para se recuperar, o outro come metal, então se tiver coisas desse tipo pelas redondezas é possível que a luta dure alguns anos para terminar (exagerei), felizmente essa terminou mais rápido graças a ajuda do Espírito Celestial da Lucy, Sagittarius, que gerou fogo para o protagonista comer e encerrar a luta, já que ele estava sendo humilhado pelo mago da Phantom Lord.

A posição que o Natsu fez para segurar o golpe do Gajeel fez parece que ele iria soltar uma Kamehameha, fiquei até com um pouco de medo, acho que se fosse Gintama (mangá da Shonen Jump que parodia muitas séries) poderia até acontecer, mas foi só um contra-ataque e depois ele soltou um golpe semelhante (metralhadora de borracha) ao do Luffy, protagonista de One Piece. A intensidade dos golpes foi tão grande que a Phantom começou a ruir!


Depois da demonstração de poder insano, vemos o mestre Jose lutando e discutindo com Elza sobre o crescimento da popularidade da Fairy Tail no país e dos seus principais magos: Laxus, Mystogan, Elza, Gildarts (“aquele velho”) e o Natsu, isso estava ofuscando a superioridade da Phantom Lord. Ao menos os objetivos do vilão ficaram bem esclarecidos e não se limitaram apenas a tentar fazer o serviço de sequestrar a Lucy para devolvê-la para o patriarca da Família Heartfilia.

Toda a discussão é interrompida quando o mestre Makarov chega no local, recuperado depois de ser cair na armadilha de Jose no volume passado. Esse fato foi possível graças a aparição do Mystogan, que além de derrotar vários membros da Phantom, recolheu a magia do mestre que ficou espalhada pelo ar. Esse cara é muito misterioso, nem sabemos qual é a dele, a outra vez que ele apareceu fez todo mundo desmaiar! Vamos ver o que o autor reserva pra ele...


Para encerrar o volume, os mestres se enfrentam, mas o que foi legal mesmo é como terminou, com o Makarov invocando uma técnica chamada Fairy Law, que parece um julgamento divino que abre os céus e lança alguma coisa sobre o pecador! Quanto aos aspectos técnicos dessa edição, os “cês” diminuíram um pouco, mas ainda tem alguns que insistem em aparecer; sem falar que no volume anterior o nome do personanagem era Gildartz e neste passou para Diddartz, ou seja um erro de adaptação. A JBC foi mão-de-vaca em não colocar uma folha a mais para que os comentários do autor ficassem naquela página onde se avisa que o mangá não começa daquele lado.


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Até o próximo volume!

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